Washington, 29 de maio de 2025 — A passagem de Elon Musk pelo governo de Donald Trump chegou ao fim após 130 dias intensos à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE). A saída do bilionário foi anunciada com tom de ruptura: “Não entrei para endossar déficits, mas para combater o desperdício.” A frase resume bem a série de desgastes que levaram Musk a abandonar o posto.
Veja os 5 principais motivos que explicam por que o empresário mais polêmico do planeta decidiu deixar o governo:
1. Decepção com o Pacote de Gastos de Trump
A gota d’água foi a apresentação de um projeto trilionário de gastos públicos por parte da administração Trump. Para Musk, a medida feria completamente os princípios de austeridade e responsabilidade fiscal que deveriam nortear o DOGE. Em vez de cortar custos, o governo estava, segundo ele, “jogando dinheiro pela janela”.
2. Aumento do Déficit Orçamentário
O pacote de Trump não apenas contrariava a lógica de corte, mas também projetava um rombo nas contas públicas, o que Musk classificou como “inaceitável”. O empresário defende uma gestão enxuta, algo que, em sua visão, estava sendo desmantelado.
3. Falta de Poder Real
Apesar do cargo de alto perfil, Musk não tinha autoridade executiva formal. Era um conselheiro especial, sem poder direto para aprovar reformas. Esse limite institucional o impediu de implementar mudanças com a agilidade e profundidade que esperava.
4. Resistência Interna e Conflitos Políticos
As ideias de Musk enfrentaram forte oposição dentro do próprio governo. Sua proposta de cortar 260 mil cargos públicos gerou tensão entre burocratas, políticos e membros do gabinete. Musk, acostumado ao controle absoluto em suas empresas, esbarrou em um sistema resistente e politizado.
5. Pressão dos Negócios Privados
A permanência no governo também trouxe consequências para o império empresarial de Musk. A Tesla sofreu queda de 71% nos lucros trimestrais, e investidores começaram a cobrar seu retorno. Além disso, seus projetos na SpaceX e na xAI exigiam atenção direta.
Conclusão:
A saída de Musk representa mais que uma divergência técnica — é um rompimento político e ideológico. A aliança entre o empresário e o governo Trump, forjada sob a promessa de eficiência, acabou afundando nas águas turbulentas da burocracia, do déficit e da realidade política. Musk agora volta ao setor privado, deixando um vácuo em uma das iniciativas mais ambiciosas (e controversas) da gestão Trump.
Categoria:
Internacional