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Novo Ataque Jihadista deixa 10 soldados mortos em Macomia: insurgência volta a ganhar força em Cabo Delgado

Por Jornal Creator 



Macomia, Cabo Delgado — A violência voltou a assolar o norte de Moçambique com mais um ataque brutal atribuído ao grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS), que reivindicou a morte de dez militares moçambicanos durante um assalto a um acampamento do Exército, próximo da aldeia Congresso, na região de Catupa, distrito de Macomia.

Segundo informações veiculadas pela Agência de Notícias Amaq, ligada ao grupo terrorista, o ataque ocorreu na noite de terça-feira. Os militantes afirmam ter cercado e invadido a base militar após intensos confrontos com as forças governamentais, conseguindo tomar o controlo do acampamento.

Além das dez mortes confirmadas pelo grupo, outros soldados teriam ficado feridos ou fugido do local. A base foi incendiada, e todo o armamento e munições presentes foram apreendidos pelos insurgentes. Este ataque marca uma nova escalada na violência, num momento em que as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas enfrentam crescentes dificuldades operacionais.

Este é o segundo ataque semelhante em menos de um mês. Em Muidumbe, outro acampamento militar foi alvo de um ataque que resultou em 11 mortos. Poucos dias depois, o grupo também reivindicou a morte de três soldados na província do Niassa, mostrando que a ameaça não está limitada apenas a Cabo Delgado.

Enquanto isso, o governo moçambicano enfrenta crescentes desafios logísticos e financeiros. Fontes internacionais, como o Africa Intelligence, indicam que o Estado estaria a enfrentar dificuldades no pagamento das forças ruandesas destacadas para apoiar a luta contra o terrorismo na região, levantando preocupações sobre a sustentabilidade da resposta militar.

Apesar das garantias por parte das autoridades de que todos os esforços estão sendo feitos para restaurar a segurança e estabilidade, os recentes acontecimentos evidenciam que os insurgentes continuam com capacidade operacional significativa e mostram sinais de reorganização.

A população civil, já duramente afetada por anos de conflito, vive novamente sob o espectro do medo, com deslocamentos forçados, perda de meios de subsistência e incerteza sobre o futuro. A comunidade internacional observa com preocupação a escalada do conflito e o agravamento da crise humanitária em Cabo Delgado.





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