Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) está no centro de um grave incidente que chocou a cidade de Xai-Xai, na província de Gaza. O oficial, cujo nome ainda não foi oficialmente divulgado, teria feito explodir a casa da própria mãe no bairro 13, em circunstâncias ainda sob investigação.
De acordo com informações preliminares, o agente havia estado envolvido anteriormente num episódio de insubordinação na zona de Bobole, na cidade de Maputo, onde desafiou as autoridades superiores. Desde então, era considerado foragido e estava sob perseguição policial.
Fontes locais relatam que o suspeito, ao chegar a Xai-Xai, se refugiou na residência da sua mãe. Num aparente gesto extremo, e por razões ainda não totalmente esclarecidas, terá usado explosivos para destruir a casa, provocando pânico na vizinhança. Não há, até ao momento, confirmação oficial de vítimas mortais, embora os danos materiais sejam consideráveis.
Testemunhas oculares descrevem uma cena de desespero: “Foi um estrondo forte. Pensávamos que era um ataque. Quando saímos, vimos a casa em chamas e pessoas a gritar. Ninguém imaginava que fosse o próprio filho da dona da casa”, disse um morador da zona.
As autoridades da PRM em Gaza afirmaram estar a investigar os motivos por detrás do ato, e não descartam a hipótese de instabilidade mental ou stress pós-traumático relacionado com o serviço policial. No entanto, a corporação garantiu que o indivíduo será responsabilizado criminalmente pelos seus atos.
O caso reacende o debate sobre o estado psicológico dos agentes da lei, o controlo disciplinar dentro das forças de segurança, e a capacidade do sistema em prevenir atos extremos protagonizados por seus membros.
A sociedade moçambicana aguarda por esclarecimentos urgentes, num contexto onde os níveis de confiança na atuação policial têm sido frequentemente postos em causa.