Maputo, 20 de maio de 2025 — A libertação de Vitano Singano, presidente do partido Revolução Democrática (RD), ocorrida em janeiro de 2025, reacendeu tensões políticas em Moçambique. Detido desde 8 de novembro de 2024, Singano enfrentava acusações de conspiração contra a segurança do Estado, incluindo a alegada coordenação de um plano para atacar a Ponta Vermelha, residência oficial do Presidente da República, durante manifestações pós-eleitorais .
Após mais de cinco meses de detenção na Cadeia Civil de Maputo, sem acesso a visitas e com informações limitadas sobre o processo judicial, a libertação de Singano foi confirmada em janeiro de 2025 . Em declarações públicas, o líder do RD expressou sua intenção de liderar uma mudança política no país, o que provocou reações imediatas no cenário nacional e internacional .
A FRELIMO, partido no poder, classificou as declarações de Singano como uma tentativa de desestabilizar o governo eleito. Por outro lado, movimentos de oposição e setores da sociedade civil demonstraram apoio cauteloso, apontando para um crescente descontentamento popular com a atual administração.
No cenário internacional, a União Europeia emitiu um comunicado expressando preocupação com a escalada de tensões em Moçambique, pedindo diálogo político e respeito aos processos democráticos .
A libertação de Vitano Singano ocorre em um contexto de crescente crise política e econômica no país, com denúncias de corrupção e má gestão gerando protestos e clamor por mudanças. A situação permanece tensa, com forças de segurança aumentando o monitoramento de Singano e seus apoiadores, temendo que suas palavras possam se transformar em ações concretas.
O desfecho dessa situação é incerto, mas evidencia um cenário político cada vez mais polarizado em Moçambique, com potencial para impactos regionais e internacionais significativos.
Fonte TV Sucesso