CDD Pressiona Procuradoria-Geral por Respostas no Caso Dias e Guambe



Por Jornal Creator


Maputo, 4 de Junho de 2025 — O Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD) intensificou sua pressão sobre a Procuradoria-Geral da República (PGR), exigindo esclarecimentos urgentes sobre o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe, ocorrido em outubro de 2024. A organização critica o silêncio persistente das autoridades diante das denúncias formais apresentadas.

Elvino Dias, advogado e assessor jurídico do então candidato presidencial Venâncio Mondlane, e Paulo Guambe, mandatário nacional do partido PODEMOS, foram mortos a tiros na madrugada de 19 de outubro de 2024, em Maputo. Segundo a polícia, o veículo em que estavam foi emboscado por indivíduos armados, resultando também em ferimentos graves a uma terceira ocupante .

A versão inicial da Polícia da República de Moçambique (PRM) sugeriu que o crime teria origem em uma discussão de natureza conjugal. No entanto, essa explicação foi amplamente contestada por líderes políticos e organizações da sociedade civil, que apontam motivações políticas por trás do duplo homicídio .
Em janeiro de 2025, o CDD apresentou uma denúncia formal à PGR, implicando o Diretor-Adjunto do Estabelecimento Penitenciário de Maputo, Roque Xavier, no caso. A organização alega que dois detentos foram liberados sob pretexto de trabalhos agrícolas, mas teriam sido utilizados para executar o assassinato .
A pressão por respostas não se limita ao âmbito nacional. A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a União Europeia condenaram veementemente os assassinatos, exigindo investigações transparentes e responsabilização dos culpados .
Apesar das promessas do governo moçambicano de conduzir uma investigação célere, passados oito meses, não há informações públicas sobre avanços significativos no caso . O CDD alerta que a falta de ação das autoridades pode ser interpretada como cumplicidade ou negligência, minando a confiança pública nas instituições de justiça.

A comunidade internacional e organizações de direitos humanos continuam a acompanhar o caso de perto, enfatizando a importância de garantir justiça e preservar os princípios democráticos em Moçambique.




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