A capital moçambicana acordou esta terça-feira sob forte tensão com o inÃcio de uma greve dos transportadores semi-colectivos, vulgarmente conhecidos como chapeiros. A paralisação, que afectou severamente a mobilidade urbana, rapidamente degenerou em actos de violência, culminando numa morte trágica no bairro de Magoanine.
Segundo relatos de residentes, um homem terá sido perseguido por um grupo de indivÃduos durante os protestos. O seu veÃculo foi alvo de vandalismo, com os pneus furados no meio da confusão. Em seguida, a vÃtima foi brutalmente esfaqueada e transportada para a esquadra policial local.
Fontes no terreno denunciam uma alegada demora no socorro por parte das autoridades, situação que pode ter agravado o estado da vÃtima. Apesar de ter recebido alguma assistência, acabou por não resistir aos ferimentos, perdendo a vida nas instalações policiais.
Este episódio trágico lança uma sombra sobre a já delicada relação entre os transportadores e o Governo, e levanta preocupações sobre a capacidade de resposta das autoridades em contextos de crise social.
As motivações exactas da greve ainda não foram oficialmente esclarecidas, mas estima-se que estejam ligadas a reivindicações sobre tarifas, fiscalização e condições de trabalho. Até ao momento, não houve pronunciamento oficial por parte da PolÃcia nem do Governo Municipal de Maputo sobre o incidente mortal.
A cidade continua em clima de apreensão, enquanto se aguarda por medidas que restabeleçam a ordem e esclareçam as circunstâncias que levaram a esta perda de vida.