Primeiro-ministro indiano visita único sobrevivente de queda de avião com 268 mortos

 


O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, visitou esta sexta-feira Vishwaskumar Ramesh, único sobrevivente do trágico acidente aéreo ocorrido em Ahmedabad, no noroeste do país. O desastre com o voo AI171 da Air India provocou 268 mortos, incluindo 27 vítimas em terra, quando o Boeing 787 se despenhou pouco após descolar com destino a Londres Gatwick.

Vishwaskumar Ramesh, cidadão britânico de 40 anos, estava sentado no lugar 11A e conseguiu escapar milagrosamente. Segundo o próprio relatou à emissora nacional indiana, o avião parecia não conseguir ganhar altitude após a descolagem e acabou por embater num edifício onde funcionava uma faculdade de medicina. O sobrevivente conta que, após o impacto, conseguiu desapertar o cinto de segurança e sair por uma abertura na fuselagem. "Quando abri os olhos, percebi que estava vivo", afirmou.

Durante a visita ao hospital, Modi também prestou apoio a alguns dos feridos que ainda permanecem internados, vários deles em estado crítico. A tragédia atingiu duramente a comunidade local, sobretudo estudantes universitários que se encontravam na faculdade atingida pela aeronave.


A bordo do Boeing 787 viajavam 230 passageiros — incluindo 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadiano — além de 12 tripulantes. A maioria dos corpos ficou carbonizada, obrigando as autoridades indianas a recorrer a testes de ADN para proceder à identificação das vítimas. As operações de busca e resgate continuam, com a expectativa de que mais corpos possam ainda ser recuperados.

As causas do acidente estão a ser investigadas pelo Gabinete de Investigação de Acidentes com Aeronaves da Índia, que ainda não confirmou a recuperação das caixas negras. Este é o primeiro acidente fatal envolvendo o modelo Boeing 787 Dreamliner desde o seu lançamento há 16 anos.

O primeiro-ministro indiano expressou o seu pesar nas redes sociais: "A perda de tantas vidas, de forma tão repentina e desoladora, não tem palavras. O vazio deixado será sentido por muitos anos", escreveu.

Enquanto as famílias enlutadas procuram respostas, o acidente reacende o debate global sobre a segurança dos aparelhos Boeing, já alvo de várias polémicas nos últimos anos.

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