Por Jornal Creator Na província de Cabo Delgado, em Moçambique, a infância continua a ser alvo da violência extrema que assola a região. No mais recente episódio de brutalidade, ocorrido a 11 de maio na aldeia de Magaia, distrito de Muidumbe, três raparigas com idades entre os 12 e os 17 anos foram mortas e outras oito crianças — seis raparigas e dois rapazes — foram raptadas, segundo um comunicado do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
A organização das Nações Unidas manifestou profunda preocupação com este ataque, descrevendo-o como um “trágico lembrete dos perigos que as crianças enfrentam em áreas afetadas por conflitos”. A situação em Cabo Delgado tem-se deteriorado ao longo dos anos, com um número crescente de relatos de raptos, recrutamento forçado e uso de crianças por grupos armados não-estatais, numa violação flagrante dos direitos fundamentais das crianças.
A UNICEF alertou ainda para o agravamento da crise humanitária, sublinhando que estas práticas não apenas destroem vidas, como deixam marcas profundas nas comunidades inteiras. Em resposta, a organização reafirma o seu compromisso em trabalhar com parceiros locais para prestar apoio às crianças afetadas e às suas famílias. As intervenções incluem acompanhamento psicossocial, reintegração comunitária das crianças libertadas e acesso reforçado a serviços essenciais como saúde e educação.
“O direito de todas as crianças a viver em segurança, sem violência e sem medo, deve ser plenamente respeitado”, enfatiza a nota da UNICEF, numa altura em que milhares de menores continuam a viver sob a sombra do terror em Cabo Delgado.