A Aliança Democrática (AD) saiu vencedora das legislativas deste domingo, consolidando a sua posição com 32,10% dos votos e garantindo 86 deputados no Parlamento. A estes números somam-se ainda três mandatos conquistados na Madeira, onde a coligação integra também o Partido Popular Monárquico (PPM). Com este resultado, Luís Montenegro mantém-se como Primeiro-ministro, reforçando a legitimidade do seu Governo.
“O povo quer este Governo e não quer outro. O povo quer este primeiro-ministro e não quer outro”, afirmou Montenegro, sublinhando que a escolha dos portugueses deve ser respeitada com “sentido de Estado” e “responsabilidade”.
A nova configuração parlamentar traz também um empate entre o Partido Socialista (PS) e o Chega, ambos com o mesmo número de deputados — um dado inédito que marca o equilíbrio de forças entre centro-esquerda e direita radical. A aproximação do PS ao partido de André Ventura provocou um sismo interno: Pedro Nuno Santos apresentou a demissão da liderança socialista.
Outros partidos emergem com força. O Livre ascendeu à posição de quinta força política, ultrapassando o Bloco de Esquerda, agora superado pela CDU. Uma nova entrada no Parlamento chama a atenção: o Juntos Pelo Povo (JPP) estreia-se com representação, diversificando ainda mais o leque partidário.
Questionado sobre a estabilidade do Governo, Montenegro foi categórico: “Não me parece que haja outra solução de Governo que não aquela que dimana da vontade livre, democrática e convicta do povo português”. O líder destacou que a verdadeira moção de confiança veio das urnas e apelou à maturidade e responsabilidade de todas as forças políticas para garantir a governabilidade do país.
Este novo cenário político nacional promete uma legislatura marcada por desafios, negociações e reconfigurações estratégicas.