O ativista social e defensor dos direitos humanos Jota Pachoneia fez duras revelações sobre a situação política e de segurança em Moçambique durante sua mais recente entrevista ao canal do YouTube NORTE Podcast, publicada há cerca de 16 horas. Com o título provocador “Moçambique está cheio de polícias corruptos. Vivem de sequestros”, a conversa expôs um retrato alarmante do país, marcado por corrupção, repressão e medo.
Durante a entrevista, Pachoneia denunciou práticas criminosas dentro das forças de segurança. Segundo ele, muitos agentes da polícia moçambicana estariam diretamente envolvidos em sequestros e extorsões, utilizando o aparato estatal para benefício próprio. “Vivem de sequestros”, afirmou o ativista, destacando o uso sistemático da força para oprimir e explorar a população.
Além disso, Pachoneia relatou ter sido alvo de perseguição política devido ao seu trabalho como defensor dos direitos humanos e por suas críticas abertas ao governo. Ele descreve um ambiente em que o ativismo é criminalizado, e as autoridades recorrem a intimidações para silenciar opositores.
“A repressão é real, e o medo faz parte do cotidiano de quem ousa se manifestar”, declarou, alertando para o risco crescente à liberdade de expressão no país. Segundo o ativista, o regime vigente não tolera vozes dissidentes e promove um clima de constante vigilância e insegurança.
Apesar do cenário preocupante, Pachoneia fez um apelo à resistência cívica, encorajando os moçambicanos a permanecerem atentos, a denunciarem abusos de poder e a lutarem pela justiça social. Ele ressaltou a importância da mobilização popular como única via para garantir os direitos fundamentais da população.
A entrevista tem gerado forte repercussão nas redes sociais e reacende o debate sobre a atuação das forças de segurança em Moçambique, além de reforçar a urgência de mecanismos de proteção a defensores dos direitos humanos no país.