Chapo Consegue mais uma "Nhonga": conquista confiança do FMI e abre caminho para novo apoio financeiro

Por Jornal Creator 



Maputo — 19 de Maio de 2025

O Presidente moçambicano Daniel Chapo deu um passo decisivo para restaurar a confiança internacional na economia nacional ao reunir-se com o Diretor-Geral Adjunto do Fundo Monetário Internacional (FMI), Bo Li, no passado dia 17 de maio. O encontro marcou um ponto de viragem nas relações entre Moçambique e a instituição financeira, abrindo espaço para a negociação de um novo programa de apoio técnico e financeiro ainda em 2025.

O gesto de aproximação foi interpretado como um “quebra-gelo” simbólico, após anos de desconfiança gerados por escândalos financeiros e instabilidade macroeconômica. Para muitos observadores, o encontro representou o início de um verdadeiro “Estado de Graça” entre o novo Executivo moçambicano e os parceiros internacionais.

A reunião teve como pano de fundo o encerramento recente da Facilidade de Crédito Alargado (ECF), cujo balanço foi misto, segundo o FMI. Ainda assim, Bo Li destacou a importância de continuar o diálogo, reconhecendo os primeiros sinais de compromisso por parte da nova liderança do país com reformas estruturais e boa governação.

Entre os principais desafios apontados pelo FMI estão a consolidação fiscal, com medidas como a redução da massa salarial do Estado, a eliminação de isenções fiscais e a modernização da administração tributária. Tais reformas são vistas como cruciais para conter a dívida pública, que ronda perigosamente os 100% do Produto Interno Bruto (PIB), e para revitalizar a economia.

O gesto de abertura do FMI é igualmente visto como um reconhecimento dos esforços de Daniel Chapo em reestruturar a máquina do Estado, promover transparência e combater a corrupção. Com isso, o novo Presidente pode ter conquistado um raro momento de crédito político e económico no cenário internacional — uma oportunidade que poderá ser decisiva para o futuro de Moçambique.

Agora, todas as atenções voltam-se para os próximos meses, quando se espera que as conversações entre o Governo e o FMI evoluam para a definição de um novo quadro de apoio que possa garantir estabilidade, crescimento e confiança para os investidores.


Fonte da notícia CARTA

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