Por Jornal Creator
Um forte clima de tensão tomou conta da cidade de Maputo nesta semana após a detenção de mais de 50 antigos guerrilheiros da Renamo, pela Unidade de Intervenção Rápida (UIR). Os desmobilizados ocupavam desde o dia 15 de maio a sede nacional do partido e, mais recentemente, o gabinete do líder Ossufo Momade, exigindo a sua demissão e o cumprimento de promessas que, segundo eles, foram ignoradas.
Um forte clima de tensão tomou conta da cidade de Maputo nesta semana após a detenção de mais de 50 antigos guerrilheiros da Renamo, pela Unidade de Intervenção Rápida (UIR). Os desmobilizados ocupavam desde o dia 15 de maio a sede nacional do partido e, mais recentemente, o gabinete do líder Ossufo Momade, exigindo a sua demissão e o cumprimento de promessas que, segundo eles, foram ignoradas.
A intervenção da polícia ocorreu de forma enérgica. A UIR recorreu ao uso de gás lacrimogéneo e disparos para dispersar os manifestantes e retomar o controlo das instalações da Renamo. Pelo menos uma pessoa ficou ferida durante a operação. Os detidos foram levados para o Comando da Polícia da República de Moçambique, na cidade de Maputo.
Os ex-combatentes acusam a liderança atual do partido de má gestão, citando a falta de pagamento de pensões e subsídios, bem como a inexistência de um fundo de funcionamento prometido. Em protesto, os manifestantes entoavam palavras de ordem em memória do falecido líder Afonso Dhlakama e expressavam revolta contra Ossufo Momade.
Apesar da forte repressão policial, até o momento não foram divulgadas acusações formais contra os detidos, e o partido ainda não se pronunciou oficialmente sobre o episódio. A crise interna expõe divisões profundas dentro da Renamo e lança incertezas sobre o futuro do partido num contexto político já frágil.
A situação permanece instável e acompanhada de perto pela sociedade civil e organizações internacionais, que apelam ao diálogo e ao respeito pelos direitos humanos.
Categoria:
Política