Por Jornal Creator| 19 de maio de 2025
A província do Niassa, no norte de Moçambique, foi palco de uma série de ataques brutais perpetrados por militantes ligados ao Estado Islâmico, resultando em pelo menos 10 mortes, incluindo guardas florestais, soldados e civis. Os ataques ocorreram na Reserva Especial do Niassa, uma das maiores áreas protegidas de África, conhecida por sua rica biodiversidade.
Segundo informações do The Guardian, os ataques começaram em 29 de abril, quando militantes invadiram instalações na reserva, matando dois guardas florestais. Outros dois estão desaparecidos e um ficou gravemente ferido. Dez dias antes, um acampamento de safári nas proximidades foi atacado, resultando na decapitação de dois civis e na morte de seis soldados.
A violência levou à suspensão de todas as atividades de conservação na reserva e ao deslocamento de uma vila com 2.000 habitantes. Nove acampamentos de conservação e safári foram abandonados, com um deles destruído pelos insurgentes. A Reserva do Niassa abriga populações significativas de leões, elefantes e cães-selvagens africanos, e os ataques representam um retrocesso de mais de duas décadas de esforços de conservação.
As autoridades moçambicanas estão em busca dos insurgentes para restaurar a segurança na região. A comunidade internacional expressou preocupação com a escalada da violência e seus impactos na conservação ambiental e na estabilidade regional.
Este incidente destaca a crescente ameaça do extremismo violento em Moçambique e a necessidade de uma resposta coordenada para proteger tanto as populações locais quanto os recursos naturais do país.
Fontes da Reportagem: DW ÁFRICA, The Guardian, Observador.