A corrida pela liderança do PODEMOS entrou numa nova fase de tensão e disputa judicial. Alberto Ferreira, o candidato mais votado nas eleições internas do partido realizadas a 25 de Maio, levou o caso ao Tribunal Judicial do Distrito Municipal Kamavota numa tentativa de travar a realização de uma segunda volta, cuja legalidade questiona.
Na providência cautelar submetida na sexta-feira, 30 de Maio, Ferreira contesta a interpretação dos estatutos que, segundo ele, está a ser usada para justificar uma nova ronda de votação. O candidato afirma que obteve o maior número de votos e que, conforme os estatutos do partido, tal seria suficiente para a sua consagração como Secretário-geral.
O cerne do diferendo está na leitura do texto estatutário. Ferreira cita uma cláusula que estabelece: “Salvo nos casos expressamente previstos nos Estatutos, as deliberações dos órgãos centrais do Partido são tomadas por maioria simples dos votos.” Apoiado nesta disposição, sustenta que sua eleição foi válida, já que teria alcançado a maioria simples necessária.
Diante disso, pede ao tribunal a suspensão imediata de qualquer movimentação tendente à convocação ou realização de nova sessão eleitoral. Além disso, solicita que seja validada oficialmente a sua vitória.
A decisão do tribunal poderá ter implicações profundas na estabilidade interna do PODEMOS e no processo democrático dentro da organização. Enquanto se aguarda um pronunciamento judicial, o partido vê-se mergulhado num impasse que pode definir os rumos da sua liderança nos próximos anos.
Categoria:
PolÃtica