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Presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas |
Maputo, 12 de maio de 2025 por Jornal Creator
Associação Moçambicana de Jornalistas condena e exige esclarecimentos após impedimento da imprensa em cerimónia da PRM
A Associação Moçambicana de Jornalistas (AMJ) manifestou-se nesta segunda-feira, 12 de Maio, em repúdio ao bloqueio de jornalistas ocorrido no último fim-de-semana em Nampula, durante a abertura da semana comemorativa dos 50 anos da Polícia da República de Moçambique (PRM).
Na ocasião, jornalistas que pretendiam entrevistar o Comandante-Geral da PRM foram impedidos de se aproximar pela Unidade de Intervenção Rápida (UIR), que criou uma barreira e limitou o acesso ao dirigente. O episódio gerou indignação no seio da classe jornalística e agora recebe forte condenação da principal entidade representativa dos profissionais da comunicação no país.
“Num Estado de Direito, impedir a imprensa de cumprir o seu papel é inaceitável,” declarou o porta-voz da AMJ, exigindo um posicionamento formal das autoridades sobre o ocorrido.
A associação considera a atitude um atentado à liberdade de imprensa e uma violação clara do direito de acesso à informação. Segundo a AMJ, actos como este colocam em risco a transparência dos actos públicos e fragilizam o papel fiscalizador da comunicação social.
A organização instou ainda o Comando-Geral da PRM a abrir um inquérito para apurar as responsabilidades e garantir que situações semelhantes não se repitam.
RELEMBRE O CASO
O incidente aconteceu após a cerimónia oficial em Nampula, onde jornalistas tentaram entrevistar o Comandante-Geral da PRM. Agentes da UIR impediram o acesso por vários minutos, mesmo diante da identificação dos profissionais como membros da imprensa.
Até agora, a PRM não emitiu qualquer explicação pública sobre a conduta dos seus agentes.
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