Por Jornal Creator
Maputo, 16 de Maio de 2025 – Moçambique concluiu com sucesso todas as recomendações impostas pelo Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), dando um passo decisivo para a sua remoção da lista cinzenta, onde esteve inserido por mais de dois anos.
A confirmação foi feita nesta quinta-feira, 15 de maio, pelo Coordenador Nacional do Comité Executivo de Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e Financiamento do Terrorismo, Luís Cezerelo, durante uma conferência de imprensa realizada em Maputo.
Segundo Cezerelo, a última ação pendente – a de número 10.4, entre as 26 acordadas com o GAFI – foi finalmente cumprida, e o país aguarda agora pelos procedimentos formais para a sua retirada da lista. “Estamos agora à espera dos procedimentos para sairmos da lista cinzenta e retomarmos a normalidade. Queremos que nossas instituições financeiras, nossa reputação e a confiança dos investidores estrangeiros sejam restauradas”, afirmou.
A inclusão de Moçambique na lista cinzenta teve um impacto significativo na imagem internacional do país, limitando parcerias financeiras e afastando potenciais investidores. No entanto, com o cumprimento total do plano de ação, o cenário começa a mudar.
Uma missão internacional do GAFI visitará Moçambique entre os dias 11 e 12 de setembro para realizar uma avaliação final no terreno. Essa mesma equipa também visitará outros países que ainda constam na lista cinzenta, avaliando o progresso feito em cada caso.
O Comité Executivo de Coordenação para a Retirada de Moçambique da Lista Cinzenta destacou que o país está agora posicionado para recuperar a credibilidade internacional. “Moçambique poderá voltar a ser visto como uma nação que respeita os padrões internacionais, sem levantar dúvidas quanto à robustez das nossas instituições”, concluiu o comunicado.
Com esta conquista, Moçambique sinaliza ao mundo o seu compromisso com a transparência, a integridade financeira e a cooperação internacional na luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo.
Fonte: JEVIDENCIA
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