Naparamas acusam Venâncio Mondlane de Recrutamento


Alegado líder de grupo paramilitar acusa Venâncio Mondlane de recrutamento para semear terror e desordem na região de Nampula em troca de emprego. Equipa do político nega quaisquer relações com os Naparamas.

As autoridades policiais detiveram, na semana passada, um suposto líder dos Naparamas, que há uma semana esteve envolvido em confrontos com as Forças de Defesas e Segurança, no posto administrativo de Mutuali, na província de Nampula, que terá resultado na morte de pelo menos cinco membros do grupo paramilitar, segundo a Polícia da República de Moçambique (PRM).


O suposto comandante do grupo, cuja identidade omitimos por motivos de segurança, afirma que aderiu e liderou o grupo com promessas de oferta de emprego, garantidos pela equipa de Venâncio Mondlane.


"Para sermos Naparamas, foi por engano do nosso delegado [do movimento político de Venâncio Mondlane] de Malema e de Mutuali. Ele [delegado de Malema] chegou em Mutuali e disse que precisa de jovens para serem militares do Venâncio. Fomos escolhidos e aceitamos tudo e ele pediu para que procurássemos um curandeiro para um tratamento tradicional para passarmos a pertencer a Naparamas. Ficámos convencidos e enganados pelo emprego que ele prometera de sermos militares, agentes da Polícia", afirma.


Equipa de Mondlane nega envolvimento

Em entrevista à DW África, Castro Niquina, coordenador provincial do movimento político de Venâncio Mondlane em Nampula, nega qualquer envolvimento do movimento e do seu líder: "Nós fazemos política, não tratamos de conflitos. Dentro da nossa organização, não temos departamento que lide com assuntos relacionados, para além de que todas as atividades são divulgadas publicamente".


"Nós estamos num país onde se fala do terrorismo em vários cantos. Se existem algumas pessoas que se insurgem, as autoridades não podem dar lugar a argumentos e validar, pelo facto de falarem de Venâncio Mondlane", acrescenta.


Niquina denunciou ainda o aumento do oportunismo para saques e vandalização de bens públicos e privados em diferentes distritos da província, por indivíduos que quando neutralizados alegam pertencer ao grupo do político Venâncio Mondlane e apelou às autoridades para que combatam este cenário, responsabilizando qualquer indivíduo envolvido.


Fonte: DW África 

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