Mais de 60 indivÃduos que se identificam como naparamas, tradicionalmente reconhecidos como grupos de autodefesa em Moçambique, terão sido apresentados recentemente como estando ao serviço das autoridades da provÃncia de Nampula. No entanto, surgem agora alegações de que essa apresentação não corresponde à verdade.
De acordo com declarações recolhidas em vÃdeo, membros dos alegados naparamas negam qualquer colaboração formal com o governo ou com a PolÃcia da República de Moçambique (PRM). No mesmo registo, os intervenientes acusam o governador de Nampula, Eduardo Abdula, de instrumentalizar a sua imagem para fins polÃticos, alegando que a sua deslocação ao local teve como único propósito a compra de feijão.
A acusação principal aponta para uma tentativa de manipulação da opinião pública, com a utilização de recursos do Estado – incluindo combustÃvel – para criar uma encenação mediática que favoreça a perceção de segurança e cooperação entre as comunidades e o governo.
As autoridades provinciais ainda não responderam oficialmente à s alegações. O caso levanta preocupações sobre a transparência das ações governamentais em contextos sensÃveis de segurança e reconciliação comunitária.
Fonte: Tânia Mar