RACISMO NA AMÉRICA: A Discriminação dos Africanos na política dos EUA

Maputo, 14 de Maio de 2025 por Jornal Creator 

Washington, EUA – A concessão de refúgio a um grupo de 59 sul-africanos brancos reacendeu o debate sobre o racismo sistêmico e seletividade na política de imigração dos Estados Unidos. Em um momento em que o então presidente Donald Trump havia suspendido a entrada de refugiados provenientes de zonas de guerra — incluindo pessoas em situação extrema de vulnerabilidade no Oriente Médio e África —, a autorização especial para sul-africanos brancos expôs um paradoxo inquietante.

O grupo, formado majoritariamente por africâneres — descendentes de colonizadores europeus — alegou sofrer perseguição racial na África do Sul. Apesar das alegações levantarem controvérsias e serem amplamente questionadas por organizações internacionais de direitos humanos, os pedidos foram rapidamente analisados e encaminhados.

Trump, conhecido por sua retórica dura contra imigrantes e refugiados, justificou a exceção afirmando que havia “discriminação racial contra brancos” naquele país africano. A decisão contrastou fortemente com a negativa sistemática a refugiados negros, muçulmanos e latino-americanos, frequentemente classificados como ameaça à segurança nacional.

Refúgio com Cor e Classe

A política migratória americana há décadas reflete desigualdades raciais. Embora a Constituição pregue igualdade e oportunidades, os dados mostram que refugiados negros enfrentam mais obstáculos para obtenção de asilo do que brancos. No governo Trump, isso ficou ainda mais evidente com medidas como o Muslim Ban e o endurecimento no controle de fronteiras com o México.

Especialistas em direitos humanos apontam que a decisão de receber sul-africanos brancos como refugiados escancara a face seletiva do sistema. “Quando refugiados negros são recusados por questões ‘burocráticas’ e brancos são aceitos em tempo recorde, estamos falando de racismo institucionalizado”, afirma a ativista americana Angela Moore.


Um Passado que Persiste

A história dos Estados Unidos é marcada pelo racismo estrutural, desde a escravidão até a segregação legalizada. No século XXI, apesar dos avanços civis, episódios como este mostram que o privilégio racial ainda pesa nas decisões governamentais.

Enquanto isso, milhares de refugiados em campos no Iêmen, Síria, Haiti e Congo seguem aguardando por uma chance de sobrevivência — muitos sem sequer terem seus pedidos analisados.

A América continua sendo a terra das oportunidades — mas, para muitos, apenas se a cor da pele permitir.

Fone: BBC NEWS


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