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Filho da Lúcia Ribeiro ao lado da filha do Felipe Jacinto |
Em meio a crescentes pressões públicas e bancárias, os filhos do ex-presidente Filipe Nyusi e da influente empresária Lúcia Ribeiro vieram a público nesta semana para comentar a polémica dívida de 304 milhões de meticais contraída junto ao BCI (Banco Comercial e de Investimentos).
A declaração conjunta, publicada pelo jornal Canal de Moçambique após dias de silêncio, teve como principal mensagem a frase direta e estratégica: “Vamos pagar” . A dívida, contraída no âmbito de investimentos empresariais ligados ao setor industrial, levantou questionamentos sobre favorecimentos políticos, má gestão de fundos e a ausência de garantias sólidas.
Segundo os próprios envolvidos, o BCI foi “um parceiro estratégico fundamental no crescimento e desenvolvimento das nossas operações industriais”, numa tentativa de reconhecer o papel da instituição financeira e apaziguar críticas sobre suposta má-fé empresarial.
Em nota, também afirmaram:
"Estamos a trabalhar com os nossos assessores legais e financeiros para regularizar esta situação de forma transparente e responsável."
Apesar da promessa de pagamento, analistas econômicos e ativistas cívicos apontam que a questão transcende o valor monetário. Para muitos, trata-se de um teste à credibilidade das instituições moçambicanas e à igualdade de tratamento entre clientes bancários.
A direção do BCI ainda não se pronunciou oficialmente, mas fontes internas afirmam que o banco está em conversações com os devedores para definir um plano de reestruturação do crédito. Enquanto isso, cresce a atenção mediática e o escrutínio da sociedade civil.
Com os olhos do país voltados para este caso, resta saber se as promessas se transformarão em ações — ou se este será apenas mais um episódio de impunidade entre os círculos do poder.
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