Estudantes moçambicanos do Instituto Superior de Transportes e Comunicações (ISUTC) deram um passo histórico na inovação tecnológica nacional ao desenvolverem a Medx, uma criptomoeda baseada em blockchain que promete facilitar pagamentos digitais e promover a inclusão financeira no país.
O projeto é liderado por Raimundo Chitava, jovem desenvolvedor e entusiasta de tecnologia, que decidiu criar uma criptomoeda do zero, totalmente adaptada ao contexto nacional. A Medx já está em fase de testes avançados e vem sendo usada dentro do ISUTC para pagamentos com a carteira digital EMEDX, acessível via telemóvel.
> “Preferimos criar uma blockchain própria para termos maior controlo regulatório e adaptar a tecnologia às realidades de Moçambique”, explicou Chitava ao portal Kabum Digital.
A Medx está ligada ao Metical (1 Medx = 1 MZN) e pode ser usada para transações internas e conversões com outras criptomoedas como Bitcoin e Ethereum. A iniciativa integra a 5ª edição do Sandbox Regulatório do Banco de Moçambique, estando apenas à espera da autorização oficial para lançamento público.
A equipa de jovens desenvolvedores acredita que a Medx poderá reduzir a dependência do sistema bancário tradicional e facilitar o acesso aos serviços financeiros, especialmente entre jovens e comunidades sem acesso fácil a bancos.
Além de facilitar transferências, a plataforma pretende criar um ecossistema digital completo, com serviços adicionais e soluções financeiras digitais centradas no utilizador moçambicano.