A chegada de Venâncio Mondlane, ex-candidato presidencial e líder do recém-criado partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (ANAMOLA), ficou marcada por tensão no Aeroporto Internacional de Maputo.
A Unidade de Intervenção Rápida (UIR) lançou gás lacrimogéneo para dispersar os cidadãos que se reuniram para saudar o político, gerando críticas à atuação das autoridades.
Mondlane condenou o uso da força, classificando o episódio como motivado politicamente: “Há sempre a tendência deste regime de se afirmar como o mais experiente e forte. Mas se é assim, por que razão precisa de recorrer à força bruta para intimidar e afastar as pessoas?”, questionou.
Em declarações à imprensa, reforçou a necessidade de resiliência entre os seus apoiantes: “Esta é uma luta muito dura, que exigirá muito de nós. Por isso, volto a pedir coesão, coerência e foco para que possamos avançar.”
Apesar da repressão, Mondlane afirmou que a legalização da ANAMOLA já foi aprovada, faltando apenas a publicação oficial no Boletim da República.