FADM Abatem 12 Terroristas em Montepuez e Restabelecem Circulação na EN380 Após Ataque em Cabo Delgado





As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) realizaram uma operação cirúrgica no distrito de Montepuez, que resultou na morte de 12 insurgentes no dia 3 de Junho. A ação militar, segundo o relatório do projeto Cabo Ligado, ocorreu entre as localidades de Nairoto e Ntele, numa zona próxima da estrada R698 e de um projeto de mineração de ouro da empresa Gemfields.

De acordo com o relatório, os insurgentes estavam de regresso da província do Niassa, onde haviam protagonizado ataques contra infraestruturas turísticas, e foram surpreendidos pelas FADM quando pararam para adquirir víveres perto do rio Messalo. O ataque apanhou os insurgentes de surpresa. Parte do grupo conseguiu fugir, incluindo alguns elementos feridos, rumo ao distrito vizinho de Meluco.

“A emboscada das FADM apanhou os insurgentes de surpresa enquanto tentavam atravessar a estrada R698, na zona de Nairoto, após incursões no Niassa,” relata Cabo Ligado.

Em simultâneo, o distrito de Macomia foi palco de mais uma ação terrorista, quando insurgentes bloquearam a Estrada Nacional 380 (EN380), numa emboscada ocorrida no dia 17 de Junho, nas imediações do posto administrativo de Chai. Segundo testemunhas, os extremistas montaram barricadas, sequestraram passageiros e exigiram pagamentos em dinheiro para os libertar. O ataque ocorreu poucas horas depois da passagem de uma delegação governamental que participava nas comemorações do Massacre de Mueda

Fontes locais confirmam que a circulação já foi restabelecida, graças a uma intervenção conjunta das forças moçambicanas e ruandesas, embora ainda haja restrições ao transporte de combustíveis, que continua a ser feito sob escolta militar.


CRÍTICAS E ANÁLISE:

🔺 Persistência do conflito: Apesar das vitórias pontuais das FADM, os ataques coordenados mostram que a insurgência continua com capacidade operacional e adaptação tática.

🔺 Desafios logísticos: A atuação dos terroristas nas principais vias de comunicação demonstra a vulnerabilidade das infraestruturas estratégicas, como a EN380, crucial para abastecimento e mobilidade.

🔺 Intervenção estrangeira necessária: A presença das tropas ruandesas continua a ser vital para o controlo de algumas zonas, levantando dúvidas sobre a capacidade autônoma de resposta das forças moçambicanas.
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