O que parecia ser uma quarta-feira tranquila em Nkobe transformou-se em horror por volta das 18h00, quando Carlitos Zandamela foi brutalmente assassinado com mais de 30 disparos. O crime deixou a população local em estado de choque e levantou várias interrogações sobre o motivo do ataque.
Inicialmente, a Polícia da República de Moçambique (PRM) informou à TV Sucesso que ainda estava a investigar a identidade da vítima e não confirmou a sua ligação à corporação, apesar dos relatos iniciais apontarem que o homem seria membro da Unidade de Intervenção Rápida (UIR).
Dois dias após o crime, esta sexta-feira, a identidade foi confirmada: Carlitos Zandamela era de facto um oficial sénior da UIR, desempenhando o cargo de director nacional de Reconhecimento. A TV Sucesso acompanhou também o funeral, realizado no Cemitério Eugénio.
Em declarações emocionadas, a família mostrou indignação com a postura inicial da PRM, sublinhando que Zandamela integrava a polícia há mais de 20 anos. “Queremos saber a verdade. Queremos entender os motivos da sua morte”, afirmou um dos familiares.
Conhecido na comunidade por sua postura respeitosa e cortês, Carlitos Zandamela é lembrado como “um bom homem”, que saudava todos à sua volta.
Até ao momento, a PRM ainda não apresentou conclusões sobre os autores ou as motivações por detrás do crime, aumentando o clima de tensão e de pedidos de esclarecimentos públicos.