Zuma e Thales enfrentam um total de 18 acusações, incluindo corrupção, lavagem de dinheiro, fraude, extorsão e evasão fiscal. A defesa tentou argumentar que o direito dos réus a um julgamento justo foi comprometido, devido a atrasos processuais e à morte de duas testemunhas-chave.
No entanto, o juiz responsável pelo caso descartou o pedido, ressaltando que boa parte dos atrasos foi provocada pelo próprio Zuma, e em menor escala pela Thales. O magistrado evitou apontar culpados diretamente, mas acolheu os argumentos do Ministério Público, que sustenta estar pronto para levar o caso a julgamento há mais de quatro anos.
Desde que as acusações foram formalizadas, há mais de uma década, o processo tem sido marcado por uma série de recursos, manobras jurídicas e impugnações processuais. Uma das tentativas mais recentes de Zuma foi forçar a retirada do promotor Billy Downer do caso, alegando falta de imparcialidade — iniciativa que também foi rejeitada pela Justiça.
Zuma é acusado de manter um relacionamento corrupto com seu ex-assessor financeiro, Schabir Shaik, que já foi condenado em 2005 por corrupção e fraude. As acusações contra o ex-presidente e a Thales são parte de um escândalo mais amplo que abalou a política sul-africana no início dos anos 2000.
O caso, que voltou a movimentar os tribunais do país, está agora agendado para prosseguir no dia 4 de dezembro.
Fonte O país