A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou oficialmente, através de um comunicado emitido neste domingo (15.06), que Carlos Rafael Zandamela, assassinado no bairro Nkobe, Matola, no passado dia 11 de Junho de 2025, era membro da corporação, com a patente de Superintendente Principal. Subordinado à Unidade de Intervenção Rápida-Sede (UIR), Zandamela exercia também funções como Chefe da Repartição do Reconhecimento.
A PRM repudiou informações veiculadas por alguns órgãos de comunicação social e redes sociais, que, com base em declarações iniciais do Porta-voz da PRM na Província de Maputo, Cláudio Ngulele, afirmaram que o falecido não pertencia aos quadros da polícia. O Comando-Geral esclareceu que, na altura, o porta-voz declarou apenas que “estamos ainda a trabalhar para apurar a identidade, portanto, tanto dos autores do crime, quanto do finado”.
A instituição reconhece o papel dos órgãos de comunicação social na disseminação das suas atividades, mas reitera que permanece disponível para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais. Neste momento de dor, o Comando-Geral da PRM expressa profundo pesar e consternação à família enlutada pela perda de Carlos Rafael Zandamela.
O superintendente foi abatido por homens armados na noite de quarta-feira (11), que se faziam transportar em duas viaturas, disparando aproximadamente 50 tiros contra a vítima. Curiosamente, apesar das declarações iniciais de desconhecimento da identidade, na sexta-feira (13) o funeral decorreu com honras do Estado e incluiu o disparo de mais de 30 tiros cerimoniais, condizentes com a patente do falecido, o que gerou críticas na opinião pública nacional sobre a atuação e comunicação inicial da polícia.