Por Jornal Creator
Moçambique vive um novo capítulo da sua longa e conturbada história política, onde a crítica virou crime e a verdade, um alvo a ser abatido. Entre jogadas de bastidores e manobras partidárias, uma coisa é certa: há um esforço coordenado para descredibilizar Venâncio Mondlane — um dos poucos rostos políticos que ainda ousam falar com o povo, pelo povo e para o povo.
Nos últimos tempos, ataques dirigidos contra Venâncio não têm partido apenas dos círculos da FRELIMO, mas também de figuras que outrora se diziam oposição. Chamam-no de traidor, vendilhão e até o rotulam de infiltrado do regime. Mas quem são os verdadeiros traidores? Aqueles que enfrentam o sistema com coragem ou aqueles que se venderam em silêncio e vivem às custas do sofrimento do povo?
Tentam sujar Mondlane, mas a lama está nos sapatos deles
A tentativa de colar o nome de Venâncio Mondlane à FRELIMO não resiste a um simples teste de coerência. Desde o início da sua carreira política, Mondlane tem sido uma das vozes mais combativas contra o sistema instalado. Foi perseguido por denunciar fraudes eleitorais, agredido por defender a transparência, boicotado dentro dos próprios partidos por se recusar a pactuar com esquemas obscuros.
Se há algo que o povo moçambicano sabe, é reconhecer quem fala com o coração e quem atua com o bolso. Venâncio sempre esteve nas trincheiras, ao lado dos estudantes, dos vendedores de mercado, dos jovens sem emprego e dos camponeses esquecidos. Ao contrário dos que hoje o acusam, ele nunca se escondeu atrás de cargos nem se alimentou de contribuições miseráveis dos pobres.
FRELIMO: Um sistema exausto, mas ainda perigoso
Já a FRELIMO, essa sim, continua a ser o verdadeiro problema de Moçambique. Um partido que virou sinônimo de corrupção institucionalizada, onde ministros voam em classe executiva para vender promessas vazias, enquanto escolas desabam e hospitais não têm luvas.
Prometeram investigar os escândalos da LAM, mas até hoje nada. O povo só vê silêncio. E mais silêncio. Prometeram combater os esquemas de portagens ilegais, mas estão a reerguê-las sob novos nomes e fantoches. Quem governa Moçambique de facto? Um presidente fantasma ou o velho dono das engrenagens podres?
Não é Venâncio que está com a FRELIMO. São outros que nunca saíram de lá
Aqueles que hoje acusam Venâncio de ter se aliado à FRELIMO deveriam, antes de apontar o dedo, mostrar os seus próprios recibos. Onde estão os milhões arrecadados em nome do povo? Onde está a tal "bandeira da mudança"? Onde estão os relatórios de contas? É fácil gritar “revolução” no Facebook e pedir 10 meticais ao povo faminto, difícil é encarar a realidade e trabalhar com seriedade por um país melhor.
Alguns desses “revolucionários digitais” se dizem puros, mas negociam nos corredores do poder como qualquer político do regime. E no final, o que entregam ao povo? Discursos bonitos e promessas quebradas. A diferença é que Venâncio ainda está nas ruas, entre o povo, enquanto eles estão escondidos atrás de microfones e narrativas.
Conclusão
O jogo sujo contra Venâncio Mondlane não é um ataque apenas a ele, é um ataque à esperança de mudança real. A tentativa de associá-lo à FRELIMO é desesperada, desonesta e desmentida pelos próprios factos da sua trajetória. E quanto aos que querem ser heróis de internet sem história nem moral, que prestem contas antes de atirar pedras.
Porque neste tabuleiro de xadrez político, o povo já aprendeu a reconhecer os verdadeiros peões, os reis da mentira e os farsantes vestidos de libertadores.
O jogo pode continuar, mas o povo já não joga com os olhos fechados.
Categoria:
Política