O Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Estevão Pale, lançou um apelo direto às empresas mineradoras legalmente constituídas no país: que reforcem os laços com as comunidades locais onde operam, promovendo inclusão, partilha de benefícios e sentimento de pertença. A mensagem foi clara — transformar a mineração num motor de desenvolvimento territorial e sustentável.
O apelo foi feito recentemente em Maputo, durante o lançamento da VII edição da Feira Anual de Gema (FAGENA), evento que decorrerá de 23 a 25 de Outubro, na cidade de Nampula. Com o lema “FAGENA, em prol da mineração sustentável e promoção do desenvolvimento sócio-económico em Moçambique”, o certame é organizado pelo Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) e contará com exposições, vendas de equipamentos de extração e apresentação de tecnologias de processamento de minerais.
Mais do que uma feira, a FAGENA é encarada como uma plataforma estratégica que aproxima investidores, mineradores artesanais e de pequena escala, bem como detentores de licenças de comercialização de ouro e gemas.
Durante o encontro com membros do Conselho Consultivo do MIREME, instituições subordinadas e representantes de empresas do setor, Estevão Pale destacou que este esforço integra a visão estratégica do governo para dinamizar a produção e comercialização formal de minerais preciosos. O objetivo é claro: travar o contrabando, combater o secretismo e formalizar toda a cadeia de valor, assegurando justiça tributária e maiores lucros para os mineradores artesanais.
Num contexto onde a exploração ilegal continua a ameaçar os recursos do país, o ministro sublinhou também a importância de reforçar as ações de inspeção e fiscalização, com o envolvimento ativo de outros setores governamentais.
A expectativa é de que, com maior cooperação entre o governo, as empresas e as comunidades, Moçambique possa colher mais benefícios da riqueza mineral que abriga no seu subsolo.
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INDÚSTRIA EXTRACTIVA