Um novo protesto nacional está agendado para este sábado, 2 de agosto, nos Estados Unidos, com o objetivo de contestar o que os organizadores classificam como um regime autoritário liderado por Donald Trump. Intitulada “Raiva Contra o Regime” (Rage Against the Regime), a mobilização promete manifestações em todos os 50 estados do país.
O movimento é liderado pelo grupo ativista 50501, uma sigla que representa “50 Protests, 50 States, One Movement” (50 protestos, 50 estados, um só movimento). Segundo os organizadores, o objetivo é deixar claro que “os americanos não aceitarão viver sob um regime fascista”.
Até ao momento, mais de 260 ações de protesto estão confirmadas, com destaque para a Califórnia, onde múltiplas manifestações serão realizadas. Em Los Angeles, por exemplo, a concentração ocorrerá no Parque Gloria Molina, em frente à câmara municipal.
A organização do evento deixou claro que não solicitou autorização formal às autoridades locais, justificando que “não colaboramos com os poderes contra os quais protestamos”. Os panfletos que circulam trazem duras críticas a Donald Trump e à agência federal ICE (Imigração e Alfândega), frequentemente associada a rusgas e detenções de imigrantes.
Num vídeo divulgado nas redes sociais, os organizadores denunciam que cidadãos estão a ser detidos em locais comuns como casas e supermercados, muitos deles sem cadastro criminal, apenas por estarem em processo de solicitação de asilo ou cidadania. “Esta não é a terra dos livres. É a terra dos ricos e privilegiados”, afirmam.
Este será o quinto mês consecutivo de manifestações em todo o território norte-americano. Em abril, o protesto “Hands Off” levou milhares às ruas. Em junho, no aniversário de Trump, ativistas organizaram o “Dia Sem Rei”.
As críticas não se restringem à política migratória. A gestão de Trump também tem sido fortemente questionada em temas como desrespeito a ordens judiciais, interferência no Departamento de Eficiência Governamental (onde Elon Musk foi envolvido), e a controversa ligação do ex-presidente ao caso de Jeffrey Epstein, empresário acusado de tráfico sexual de menores, que morreu na prisão em circunstâncias suspeitas.