Em Nampula, o entusiasmo em torno da recém-criada Aliança Nacional para Moçambique Livre e Autónomo (ANAMOLA), liderada por Venâncio Mondlane, começa a ganhar corpo. Jovens da província mais populosa do país encaram o partido como uma alternativa real ao poder da FRELIMO, que governa Moçambique há cinco décadas.
Entre os mais esperançosos está João Papelo, que afirma reconhecer em Mondlane uma liderança alinhada com os anseios do povo. “Conhecemos o percurso do engenheiro e sabemos que a sua visão política pode responder aos desafios nacionais”, disse.
Muarufo Abudo partilha da mesma visão, sublinhando que, apesar das riquezas minerais do país, a maioria dos moçambicanos continua sem beneficiar delas. “Acreditamos que a ANAMOLA pode mudar esse cenário, gerando resultados através do uso sustentável dos recursos e criando emprego para os jovens”, destacou.
Outros preferem cautela, como Jacinto Joaquim, que defende esperar pelas primeiras ações do partido antes de assumir apoio. “Estamos atentos, mas queremos ver no que vai dar”, afirmou.
Na linha da frente da mobilização em Nampula está o músico David Carlitos Bandeira, conhecido como MC Bandeira, agora chefe-adjunto nacional de Mobilização do partido. Ele garante que a província será o bastião da ANAMOLA. “Os jovens estavam desesperados, mas agora estão acordados e esperançados com a mudança que o partido representa”, afirmou.
O coordenador provincial, Castro Niquina, reforça que a meta da ANAMOLA é governar o país e inverter o atual estado da nação. “Queremos transformar Moçambique e devolver dignidade aos cidadãos”, disse.
O partido prepara o seu primeiro Conselho Nacional para setembro, um passo decisivo na consolidação da sua estrutura e da sua presença política.