Sindicatos pressionam: salário mínimo de 42 mil MZN volta à mesa de negociações

 


Após uma pausa de cerca de quatro meses, a Comissão Consultiva do Trabalho retomou nesta segunda-feira, 5 de agosto, as negociações sobre a atualização dos salários mínimos sectoriais em Moçambique.

A OTM–Central Sindical defende a fixação do salário mínimo em 42 mil meticais, tendo como base o atual custo da cesta básica, que tem pesado cada vez mais no orçamento das famílias moçambicanas.

A suspensão das negociações em abril foi solicitada pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que alegou impactos negativos das manifestações pós-eleitorais no ambiente de negócios. Segundo a entidade patronal, o momento era de instabilidade e exigia medidas para proteger o setor privado.

Agora, com o diálogo tripartido reaberto, os sindicatos exigem celeridade. A Confederação dos Sindicatos Independentes e Livres de Moçambique afirmou que não há mais espaço para adiamentos e que os trabalhadores esperam respostas concretas.

A CTA, por sua vez, reconhece que as condições estão criadas para a retoma do processo e promete apresentar propostas concretas ao longo das negociações.

Já o Governo mostra-se otimista quanto à possibilidade de alcançar um consenso que respeite tanto as exigências dos trabalhadores quanto as capacidades dos empregadores, num contexto ainda marcado por desafios económicos.

A expectativa é de que o segundo semestre, considerado mais estável, permita avanços reais nas condições salariais em Moçambique.


Postagem Anterior Próxima Postagem