Maputo, 11 de Maio de 2025 por Jornal Creactor
A Fly Modern Ark (FMA), empresa sul-africana que liderou a controversa reestruturação da companhia aérea moçambicana LAM, manifestou-se disponÃvel para colaborar com as autoridades na auditoria forense à s contas da transportadora, numa altura em que o Ministério Público abriu uma investigação à sua contratação.
Num comunicado divulgado esta quinta-feira (8), a FMA defende a legalidade da sua nomeação, sublinhando que o processo decorreu com total transparência durante a anterior gestão da LAM. A empresa rejeita qualquer envolvimento em actos ilÃcitos e afirma que sempre colaborou com as autoridades moçambicanas.
“A nossa missão foi tentar salvar uma companhia à beira do colapso, num contexto de extrema instabilidade financeira e operacional. Nunca estivemos sob investigação, e continuamos disponÃveis para cooperar com o actual Governo", frisou a FMA.
A empresa acusa a LAM de má-fé contratual, afirmando que apenas metade do valor acordado foi pago, o que levou a FMA a avançar com acções judiciais, incluindo a penhora de um imóvel de luxo em Joanesburgo, avaliado em três milhões de rands.
A FMA vai mais longe, apontando alegadas "redes internas de corrupção e má gestão" como as verdadeiras responsáveis pelo estado crÃtico da transportadora moçambicana.
A LAM enfrenta há anos sérios desafios operacionais, incluindo uma frota reduzida, falta de investimento e manutenção deficiente das aeronaves — situação que, segundo especialistas, contribuiu para vários incidentes não fatais.
Enquanto a auditoria forense segue o seu curso e a investigação do Ministério Público avança, o futuro da LAM permanece em suspenso, envolto num ambiente de acusações cruzadas, disputas legais e desconfiança institucional.