Por: JORNALCreator
No vídeo viral publicado no TikTok, a jovem questiona a coerência de Gabriel Júnior ao parabenizar o Chefe de Estado num programa que, segundo ela, tem sido palco constante de denúncias de pobreza, exclusão social e pedidos de ajuda por parte da população.
“Se o país está bem e se o Chapo [Presidente Daniel Francisco] está a conduzir bem Moçambique, por que é que várias pessoas vão ao seu programa, Gabriel Júnior, pedir ajuda?”, pergunta, indignada. A frase, repetida em milhares de partilhas, tornou-se o símbolo da indignação popular diante do que muitos consideram um distanciamento da realidade por parte de figuras públicas influentes.
A jovem não poupa críticas e acusa Gabriel Júnior de utilizar a plataforma para autopromoção, mascarando intenções políticas sob a bandeira da unidade nacional. Ela alerta ainda que a “Chama da Unidade” está a ser transformada num espaço de protagonismo pessoal e não de serviço público, como seria esperado.
“A chama não é da unidade, não da vaidade”, acrescenta, num dos momentos mais citados do vídeo.
Internautas reagiram em massa, apoiando a crítica com comentários que exigem mais responsabilidade e imparcialidade por parte dos apresentadores que assumem posições públicas em meios de comunicação com grande audiência. Vários utilizadores destacaram a contradição entre o cenário de carência mostrado no programa e os elogios ao governo, interpretando a atitude de Gabriel Júnior como desrespeitosa para com a dor dos moçambicanos.
Até ao momento, Gabriel Júnior não se pronunciou oficialmente sobre as críticas, nem a direção do programa “Chama da Unidade” emitiu qualquer nota de esclarecimento.
A polémica levanta uma discussão profunda sobre ética na comunicação social, o papel dos apresentadores e a responsabilidade que têm ao se manifestarem politicamente em espaços que deveriam servir ao bem comum. Especialistas defendem que há uma linha tênue entre visibilidade e instrumentalização política, e que cruzá-la pode comprometer não apenas a credibilidade individual, mas também a confiança do público nos meios de comunicação.
Enquanto a controvérsia cresce, a sociedade moçambicana observa e discute — nas ruas e nas redes — o papel dos comunicadores e dos líderes políticos na construção de um país mais justo, onde a chama da unidade não seja usada para encobrir a realidade.
Nota: Redação com base nas informações vinculadas nas redes sociais