Ativistas Propõem Legalização da Prostituição em Moçambique

Por Jornal Creator| Fonte Livenews48 


Maputo – Um grupo de ativistas sociais provocou intensos debates ao apresentar publicamente um projeto que propõe a legalização da prostituição em Moçambique, com base na criação de um espaço regulado e digno para a prestação de serviços eróticos.

A proposta, apresentada em formato de plano de negócio, prevê a criação de um estabelecimento denominado “O cantinho das primas Lda.”, a ser localizado na zona turística da Macaneta. O local ofereceria serviços de acomodação, bar e atividades eróticas, com o objetivo de atender diversos estratos sociais dentro de um quadro legal e seguro.

No documento, os ativistas defendem que “a prostituição, como atividade económica, necessita de espaços regularizados, dignos e legais para a prática dos serviços eróticos”. Eles destacam a urgência de reconhecer o trabalho sexual como uma profissão legítima, protegida por normas trabalhistas e de saúde pública.

A iniciativa surge como parte de uma campanha mais ampla pela descriminalização e regulamentação da prostituição em Moçambique, país onde a atividade é amplamente praticada, mas permanece à margem da legalidade, expondo milhares de mulheres e homens a riscos sociais, sanitários e de violência.

A apresentação causou reações divididas nas redes sociais e círculos académicos. Enquanto alguns elogiaram a ousadia e a visão progressista dos ativistas, outros expressaram críticas baseadas em argumentos morais, culturais e religiosos.

Os ativistas, no entanto, reiteram que não se trata de promover a prostituição, mas de garantir direitos, dignidade e segurança a quem já exerce essa atividade em condições precárias. Segundo eles, a criminalização apenas aprofunda a marginalização e impede o acesso a serviços de saúde e proteção legal.


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