A proposta, apresentada em formato de plano de negócio, prevê a criação de um estabelecimento denominado “O cantinho das primas Lda.”, a ser localizado na zona turística da Macaneta. O local ofereceria serviços de acomodação, bar e atividades eróticas, com o objetivo de atender diversos estratos sociais dentro de um quadro legal e seguro.
No documento, os ativistas defendem que “a prostituição, como atividade económica, necessita de espaços regularizados, dignos e legais para a prática dos serviços eróticos”. Eles destacam a urgência de reconhecer o trabalho sexual como uma profissão legítima, protegida por normas trabalhistas e de saúde pública.
A iniciativa surge como parte de uma campanha mais ampla pela descriminalização e regulamentação da prostituição em Moçambique, país onde a atividade é amplamente praticada, mas permanece à margem da legalidade, expondo milhares de mulheres e homens a riscos sociais, sanitários e de violência.
A apresentação causou reações divididas nas redes sociais e círculos académicos. Enquanto alguns elogiaram a ousadia e a visão progressista dos ativistas, outros expressaram críticas baseadas em argumentos morais, culturais e religiosos.
Os ativistas, no entanto, reiteram que não se trata de promover a prostituição, mas de garantir direitos, dignidade e segurança a quem já exerce essa atividade em condições precárias. Segundo eles, a criminalização apenas aprofunda a marginalização e impede o acesso a serviços de saúde e proteção legal.
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