Israel ataca reator nuclear iraniano após míssil atingir hospital em Bersheba


O confronto entre Israel e Irã entrou numa fase crítica nesta terça-feira, com ataques diretos a infraestruturas civis e nucleares. Um míssil iraniano atingiu o hospital Soroka, no sul de Israel, enquanto a força aérea israelense respondeu com bombardeios a locais estratégicos no Irã, incluindo o controverso reator nuclear de água pesada de Khondab (antigo Arak).

Segundo o Ministério da Saúde de Israel, pelo menos 240 pessoas ficaram feridas, quatro delas em estado grave. A maior parte dos feridos foi registrada na cidade de Bersheba, incluindo 70 pacientes no Centro Médico Soroka, que sofreu danos após o impacto do projétil iraniano.

O Irã afirmou que visava uma instalação militar israelense, mas relatos da imprensa local confirmam que os projéteis atingiram Tel Aviv, Holon, Ramat Gan e outros locais civis.

Em retaliação, o exército israelense confirmou ter bombardeado o reator nuclear de água pesada em Khondab, estrutura essencial na produção de plutônio. Um porta-voz militar declarou que o objetivo foi atingir a estrutura do selo central do reator, considerada peça-chave do processo.

Outros bombardeios foram relatados em Natanz, outro polo nuclear do Irã. Apesar da gravidade dos alvos, autoridades iranianas afirmaram à TV estatal que evacuaram previamente as áreas atingidas e não houve vítimas nem riscos de radiação até o momento.


Confusão sobre ataque a Bushehr

Em meio à tensão, um comunicado inicial do exército israelense à agência Reuters mencionou um ataque à usina nuclear de Bushehr, localizada na costa do Golfo. Contudo, minutos depois, um oficial israelense corrigiu a informação, afirmando tratar-se de um "erro" de comunicação e não confirmou o ataque à usina.

O conflito atinge um nível de riscos nucleares inéditos, relembrando os piores momentos da Guerra Fria. Especialistas em geopolítica alertam que atingir instalações nucleares em solo adversário é uma linha vermelha perigosa, com consequências imprevisíveis para toda a região do Oriente Médio.

Enquanto isso, civis continuam a pagar o preço mais alto, com hospitais danificados, cidades sob ataque e a possibilidade real de escalada para uma guerra total.

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