Movimento Solidário exige punição rigorosa em escândalo de assédio e corrupção na Universidade Rovuma

 


O Movimento Solidário manifestou-se esta semana sobre as graves denúncias que envolvem dez docentes da Universidade Rovuma, extensão de Montepuez, acusados de corrupção activa e assédio sexual contra estudantes. O caso tem gerado forte comoção e preocupação na sociedade moçambicana.

Em nota de posicionamento, a organização expressou solidariedade às vítimas, destacando a coragem dos estudantes que romperam o silêncio e denunciaram os abusos. "Vocês não estão sozinhos", lê-se no comunicado.

O Movimento considera a suspensão dos docentes um passo necessário, mas ainda insuficiente face à gravidade das acusações. A organização exige um processo rigoroso e imparcial, com a responsabilização legal dos implicados, compensação às vítimas e a criação de políticas preventivas nas instituições de ensino.

No seu apelo, o Movimento Solidário alerta ainda para o risco de represálias contra os denunciantes, pedindo ao Estado mecanismos eficazes de protecção. “É possível que tentem silenciá-los, intimidá-los ou desacreditá-los. Não podemos permitir que quem se levanta por justiça seja tratado como inimigo”, advertiu a nota.

A organização sublinha a necessidade de mudanças estruturais nas universidades moçambicanas para garantir um ambiente seguro e digno para todos os estudantes.

O documento foi assinado em Montepuez, no bairro Ncoripo, e enviado às autoridades e à sociedade civil como um forte apelo por justiça e reformas urgentes no sistema de ensino superior.

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