Sean "Diddy" Combs, magnata do hip hop e empresário bilionário, foi nesta terça-feira (2) absolvido das acusações mais graves de tráfico sexual e conspiração para extorsão que pairavam sobre ele. No entanto, o tribunal federal dos Estados Unidos o considerou culpado por duas violações da chamada Lei Mann — legislação que proíbe o transporte interestadual de pessoas com fins de prostituição.
Embora não tenha sido condenado por formação de organização criminosa ou tráfico humano, o veredito representa uma queda significativa para uma das figuras mais influentes da indústria cultural americana. Cada uma das condenações pela Lei Mann pode acarretar até cinco anos de prisão, totalizando uma possível sentença de dez anos de reclusão.
Durante o julgamento, foram apresentadas provas e depoimentos que pintaram um retrato perturbador dos bastidores da vida do artista. Testemunhas falaram sobre festas com drogas, coerção psicológica e uso de poder econômico para controlar e silenciar supostas vítimas. O júri, no entanto, entendeu que os elementos apresentados não configuravam tráfico sexual, mas reconheceram que houve transporte de pessoas com fins exploratórios.
A defesa celebrou o veredito parcial como uma "vitória contra um tribunal midiático", prometendo recorrer das condenações ainda pendentes. Já representantes legais das vítimas se mostraram frustrados, argumentando que “a justiça ficou incompleta” e que o sistema falhou em proteger mulheres vulneráveis sob influência de figuras poderosas.
A data da sentença ainda será marcada, e até lá, Diddy continua em liberdade sob fiança. Nos bastidores, especula-se que o artista poderá negociar acordos para reduzir a pena ou, eventualmente, recorrer até as últimas instâncias. Ainda assim, o impacto à sua imagem pública e ao seu império comercial é considerado irreversível.
Entre o alívio dos fãs e a indignação de ativistas e críticos, o caso entra para a história como mais um capítulo polêmico na intersecção entre fama, poder e justiça.