Moçambique acaba de beneficiar-se de um apoio financeiro de até 6 milhões de dólares americanos (equivalente a mais de 384 milhões de meticais) destinado a acções de prevenção e resposta rápida a desastres naturais, anunciou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).
Este financiamento será canalizado através do Fundo Central de Resposta a Emergências (CERF), sendo ativado sempre que houver alertas confiáveis sobre a iminência de fenómenos climáticos extremos, como ciclones, cheias ou secas severas.
📌 Principais finalidades do fundo:
Distribuição de alimentos de emergência;
Apoio a sistemas de água e saneamento em áreas vulneráveis;
Oferta de kits de higiene e abrigo temporário;
Apoio logístico a centros de acolhimento;
Campanhas de alerta e comunicação de risco para populações em zonas de risco.
A execução será coordenada com o Instituto Nacional de Gestão de Risco de Desastres (INGD), que será responsável pela aplicação eficiente dos recursos e pela mobilização em campo.
🔁 Um modelo que já deu provas A eficácia do fundo já havia sido testada em março de 2025, aquando da aproximação do ciclone Jude, quando permitiu uma intervenção rápida que reduziu significativamente os danos.
A ONU reitera que esta abordagem de resposta antecipada não só salva vidas, como reduz os custos das intervenções pós-catástrofe e fortalece a resiliência das comunidades.
Moçambique continua a ser um dos países mais vulneráveis a fenómenos climáticos extremos em África, agravados pelas mudanças climáticas e pelo crescimento populacional em zonas costeiras.
💬 O apoio da ONU representa um passo estratégico na preparação do país para eventos extremos, que infelizmente se tornaram cíclicos no seu calendário climático.