Crise na AEMO: Escritores contestam direcção por irregularidades no processo eleitoral


A Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) mergulhou num clima de tensão crescente, após um grupo significativo de membros ter acusado a actual direcção, chefiada por Carlos Paradona Rufino Roque, de irregularidades graves no processo eleitoral e na admissão de novos associados.

Os contestatários alegam que a eleição da comissão eleitoral foi feita de forma arbitrária, sem a necessária deliberação do Conselho, em desrespeito ao artigo 42.º dos estatutos da AEMO. Acusam também o Secretário-Geral de tomar decisões unilaterais e de se reunir apenas com membros externos à estrutura administrativa.


📌 Principais denúncias:

Actuação sem quórum deliberativo;

Favorecimento do candidato Filimone Meigos através de um regulamento considerado "injusto";

Suposta falsificação de documentos;

Violação de normas estatutárias e do Código Civil.

Os signatários invocam os artigos 177.º e 179.º do Código Civil, exigindo a anulação imediata das decisões tomadas, além da convocação urgente de um Conselho da AEMO para resolver a crise interna. Caso não haja resposta até às 18h do dia 6 de Julho, os membros prometem accionar vias judiciais.

🔴 Julgamento por injúria e difamação Em paralelo, o candidato ao cargo de Secretário-Geral da AEMO responde em tribunal num caso de injúria e difamação ocorrido no Centro Social da associação. O julgamento do Processo n.º 150/2025-B está marcado para o dia 15 de Julho, às 09h00, no Tribunal Judicial do Distrito Kampfumo – 2.ª Secção.

A sociedade civil e o público são convidados a acompanhar o caso, considerado um marco na luta contra a violência de género e pela dignidade humana.

Enquanto isso, o silêncio da direcção actual apenas adensa a crise que ameaça minar a credibilidade de uma das instituições culturais mais prestigiadas de Moçambique.


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