Passaram-se 24 anos desde o brutal assassinato do economista António Siba Siba Macuácua, então presidente interino do Banco Austral, e o país continua sem saber quem planeou e executou o crime. Em 11 de agosto de 2001, Siba Siba foi encontrado morto após ser atirado do 14º andar do edifício do banco, em Maputo.
Na época, o economista estava empenhado em recuperar créditos malparados, envolvendo figuras influentes da elite política. Desde então, o processo judicial tem sido marcado por lentidão e transferências entre tribunais, sem um julgamento definitivo. Apenas em finais de 2024 o Tribunal Superior de Recurso pronunciou três acusados: Benigno Parente Júnior, José Passage e Carlos Vasco Sitoe.
Apesar da decisão, recursos e contestações continuam a atrasar o caso. A família, sobretudo os filhos Valter e Jéssica, mantém viva a exigência de justiça, questionando publicamente quem são os verdadeiros responsáveis — desde as autoridades judiciais e governamentais até possíveis beneficiários do crime.
Após o assassinato, o Banco Austral foi saneado com recursos públicos e vendido ao ABSA, num processo conduzido por dirigentes que nunca responderam judicialmente pelas irregularidades apontadas em auditorias. Hoje, o assassinato de Siba Siba permanece como um dos maiores símbolos de impunidade no país, deixando uma pergunta que ecoa há mais de duas décadas: quem matou e quem mandou matar Siba Siba Macuácua?
Após o assassinato, o Banco Austral foi saneado com recursos públicos e vendido ao ABSA, num processo conduzido por dirigentes que nunca responderam judicialmente pelas irregularidades apontadas em auditorias. Hoje, o assassinato de Siba Siba permanece como um dos maiores símbolos de impunidade no país, deixando uma pergunta que ecoa há mais de duas décadas: quem matou e quem mandou matar Siba Siba Macuácua?