O Presidente de Angola, João Lourenço, lamentou publicamente a perda de vidas humanas ocorridas durante os recentes episódios de violência, vandalismo e pilhagem que marcaram a greve dos taxistas, entre os dias 28 e 30 de julho.
Segundo dados preliminares, os tumultos resultaram em 30 mortos e 277 feridos em diferentes zonas do país, com destaque para a cidade de Luanda, apontada como epicentro da crise. Em mensagem à Nação divulgada na sexta-feira, Lourenço expressou solidariedade às famílias enlutadas e desejou rápidas melhoras aos feridos.
O Chefe de Estado condenou veementemente os actos criminosos ocorridos, sublinhando que foram protagonizados por “cidadãos irresponsáveis”, alegadamente manipulados por organizações nacionais e estrangeiras através das redes sociais. O Presidente referiu que houve ameaças a cidadãos, coação para não irem trabalhar e destruição de património público e privado, incluindo estabelecimentos comerciais, resultando em prejuízos económicos e desemprego.
Lourenço agradeceu ainda o empenho das forças da ordem, órgãos da Justiça e profissionais de saúde, bem como das igrejas, partidos políticos e organizações da sociedade civil que repudiaram os actos de violência.
Apesar de reconhecer a existência de problemas sociais em Angola, o Presidente garantiu que o Governo está a investir fortemente em sectores como educação, saúde, habitação e obras públicas, com foco na geração de empregos. Destacou as grandes barragens no Sul do país e outras infra-estruturas nas novas províncias como exemplos de obras que absorvem mão-de-obra local.
Por fim, alertou que actos de vandalismo contra o sector privado desencorajam o investimento e agravam a crise social, classificando-os como “sabotagem à economia”. Reiterou que a greve e manifestações são direitos constitucionais, mas que devem ser exercidos de forma pacífica e ordeira.