Mortos no Deserto: Migrantes Africanos Encontrados sem Vida em Travessia para a Europa

 


O Deserto do Saara voltou a ser cenário de uma tragédia humana, após turistas encontrarem corpos de migrantes que tentavam alcançar a Europa. A maioria das vítimas é oriunda da República do Níger, e sucumbiu à exaustão e sede durante a perigosa travessia rumo ao norte da África.

Segundo relatos, os migrantes enfrentaram as condições implacáveis do Saara sem recursos mínimos como água, abrigo ou orientação adequada. Muitos não tinham experiência nem conhecimento suficiente para suportar as temperaturas extremas e a vastidão do deserto.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirma que rotas terrestres na África, especialmente pelo Saara, são atualmente duas vezes mais mortais do que as travessias marítimas pelo Mediterrâneo. De janeiro de 2020 a maio de 2024, mais de 1.180 mortes foram registradas no deserto — número que pode ser bem maior devido à subnotificação.


Além dos perigos climáticos, os migrantes enfrentam riscos adicionais como violência sexual, sequestros, exploração por traficantes e ataques de gangues armadas. A combinação desses fatores transforma a travessia numa viagem desesperada e, muitas vezes, fatal.

Em resposta às crescentes fatalidades, esforços de resgate têm sido intensificados. Em março de 2025, o exército do Níger conseguiu salvar 50 migrantes que estavam à beira da morte após o veículo em que viajavam avariar no meio do deserto.

A tragédia expõe novamente a crise migratória africana e levanta sérias questões sobre a responsabilidade internacional e a proteção dos direitos humanos daqueles que arriscam tudo por um futuro melhor.

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