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MILHÕES EM RISCO: Cortes dos EUA Agravam Crise de Saúde em África

Maputo, 12 de maio de 2025 por Jornal Creator 


Crise Silenciosa: Cortes na USAID Colocam Milhões de Vidas em Risco na África

Os impactos dos cortes na ajuda internacional por parte dos Estados Unidos já são sentidos de forma alarmante em vários países africanos. Doentes com VIH estão a perder o acesso aos medicamentos, programas de saúde estão a ser interrompidos, e milhões de vidas estão agora em risco.

Em aldeias remotas da África do Sul, o cenário é desolador. Para muitos, como Nozuko Majola, de apenas 19 anos, conseguir a medicação antirretroviral vital exige viagens de mais de uma hora.

“Costumávamos receber a medicação em casa, mas desde que o Presidente norte-americano Donald Trump anunciou os cortes na ajuda, a medicação já não está a chegar. Preocupa-me que este serviço seja completamente cancelado”, contou à DW.

A África do Sul, onde quase oito milhões de pessoas vivem com VIH, recebia cerca de 400 milhões de dólares por ano dos EUA para o setor da saúde. Essa realidade começou a mudar em março, com uma drástica redução no apoio americano. No total, 83% do financiamento destinado à África Subsariana nas áreas de saúde, ajuda humanitária e desenvolvimento económico foi cancelado.

A decisão veio após críticas do então Presidente Donald Trump à agência USAID, que considerou ineficiente e acusou de financiar programas desalinhados com as suas prioridades políticas, como planeamento familiar, igualdade de género e diversidade.

A consequência é um rombo financeiro de milhares de milhões de dólares. Em 2024, a África Subsariana deveria receber 12,7 mil milhões de dólares da USAID. Agora, com o corte, estima-se que mais quatro milhões de africanos possam morrer de doenças tratáveis, segundo alerta da CDC Africa.

Casos como o de Nozuko Ngaweni, em tratamento com ARV há três décadas, mostram o desespero crescente: “Quando soube que os EUA estavam a cancelar a sua ajuda, senti que ia morrer. Tenho medicação para este mês, mas e depois?”

A organização pan-africana Amref Health Africa, que oferece serviços médicos a quase 20 milhões de pessoas por ano, perdeu 20% do seu orçamento. Os reflexos são visíveis: programas educativos suspensos na Etiópia e meio milhão de testes de tuberculose cancelados na Tanzânia.

Apesar do cenário dramático, alguns países africanos procuram adaptar suas estratégias e reavaliar planos financeiros para tentar mitigar os danos. No entanto, os desafios permanecem enormes diante de um vazio de financiamento que ameaça colapsar setores essenciais.


Fonte: DW África 


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