Por Jornal Creator
As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) avançam com um novo plano de renovação da sua frota, através da aquisição de até cinco aeronaves Boeing 737-700. O processo está a ser conduzido pela consultora internacional Knighthood Global, escolhida pelos novos acionistas para liderar a complexa tarefa de revitalizar a companhia de bandeira.
Segundo o comunicado da LAM, a Knighthood Global, com sede nos Emirados Árabes Unidos, está a gerir um processo competitivo com prazos limitados, aberto tanto à compra direta como ao aluguer financeiro ou operacional das aeronaves. As propostas devem ser submetidas até o dia 20 de junho, incluindo especificações técnicas, relatórios de manutenção e condições comerciais.
As novas aeronaves deverão apresentar uma configuração de duas classes, com capacidade mínima de 120 e máxima de 140 passageiros, de modo a atender às necessidades operacionais, comerciais e estratégicas da companhia.
Esta iniciativa surge depois de tentativas frustradas de reestruturação, como a parceria anterior com a empresa sul-africana Fly Modern Ark, que não conseguiu inverter o quadro financeiro e operacional crítico da LAM. Com a entrada da Knighthood Global, o Governo moçambicano aposta num novo fôlego para o sector da aviação nacional.
Nos primeiros três meses, a Knighthood Global terá a missão de estabilizar e reposicionar a LAM, trabalhando em estreita colaboração com os novos acionistas: Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Seguros (Emose).
Este movimento procura não só modernizar a frota, mas também reforçar a credibilidade e a competitividade da LAM no mercado regional e internacional, num contexto em que a companhia luta há anos com problemas financeiros, redução de rotas e perda de confiança do público.