ELE MERECE? Essa é a pergunta que circula nas redes sociais e nas rodas políticas internacionais depois que o nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi oficialmente sugerido ao Prêmio Nobel da Paz.
A proposta partiu do congressista norte-americano Earl "Buddy" Carter, que enviou uma carta ao Comitê do Nobel da Paz solicitando a consideração do nome de Trump, com base no seu papel na mediação de um cessar-fogo entre Israel e o Irã.
Segundo o parlamentar, Trump teria sido “fundamental para evitar uma escalada militar no Médio Oriente”, além de ter contribuído para conter avanços perigosos no programa nuclear iraniano. A carta argumenta que, num cenário global cada vez mais polarizado, o envolvimento direto do presidente norte-americano foi decisivo para a estabilidade temporária da região.
A notícia chega num momento delicado para a política externa dos EUA, marcada por tensões com o Irã, a presença militar contínua no Golfo Pérsico e críticas internas sobre a condução diplomática da administração Trump.
Embora esta não seja a primeira vez que o nome de Trump é ventilado para o Nobel da Paz — em 2020, ele também foi indicado após os Acordos de Abraão entre Israel e países árabes —, a nova indicação reacende o debate global: diplomacia movida por interesses pode ser premiada como paz?
O Prêmio Nobel da Paz é concedido a indivíduos ou organizações que tenham feito esforços notáveis em prol da paz mundial. O Comitê Nobel costuma avaliar não apenas resultados imediatos, mas também os impactos de longo prazo de tais iniciativas.