O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi alvo de uma nova operação da Polícia Federal, por ordens do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo a decisão do STF, Bolsonaro deverá usar tornozeleira eletrónica, está proibido de frequentar redes sociais, não pode manter contacto com outros investigados, não pode visitar embaixadas e terá de cumprir recolher obrigatório entre 19h e 7h, todos os dias.
A operação, denominada "Contragolpe", investiga o plano que, segundo a PF, tinha como objetivo impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, usando apoio militar.
Antes dessa decisão, em março deste ano, o STF já havia tornado Bolsonaro réu por crimes como tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada. A pena pode chegar a 43 anos de prisão caso seja condenado.
Na mesma operação, foram também emitidos mandados de busca em sua residência e apreendidos dispositivos e documentos que, segundo os investigadores, reforçam a ligação de Bolsonaro ao plano golpista.
O ex-presidente nega todas as acusações e classificou as medidas como uma "suprema humilhação". Ele afirma que não pretende sair do Brasil, rejeitando rumores de fuga.
A defesa de Bolsonaro considera a decisão uma perseguição política. O processo segue agora para fase de instrução e julgamento.