O antigo Presidente da República de Moçambique, Joaquim Chissano, lançou duras críticas aos movimentos de libertação africanos, acusando-os de desviarem-se dos ideais que os inspiraram, especialmente o compromisso de servir o povo.
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Chissano, que também é presidente honorário da Frelimo, discursava durante um jantar de gala promovido pelo Congresso Nacional Africano (ANC), evento que antecede a Cimeira dos Movimentos de Libertação, na África do Sul.
De forma direta, o antigo estadista afirmou que muitos destes movimentos tornaram-se resistentes à crítica e romperam o vínculo com as suas bases populares, comprometendo o papel transformador que desempenharam nas lutas pela independência.
“É crucial reconhecermos que, em muitos dos nossos países, assistimos ao enfraquecimento das instituições democráticas”, advertiu Chissano.
O ex-presidente defendeu uma renovação urgente das políticas dos partidos de libertação, com o objectivo de resgatar os seus princípios fundadores e melhorar as condições de vida das populações.