Mahomed foi capturado pelas autoridades moçambicanas logo após o seu desembarque, proveniente dos Emirados Árabes Unidos, país onde se havia refugiado durante as investigações. Segundo fontes ligadas ao processo, ele criou sociedades comerciais de fachada em Moçambique, que serviram para justificar transferências de milhares de dólares americanos para paraísos fiscais, sob pretexto de importação de bens que nunca entraram no país.
O esquema contava com a colaboração de despachantes aduaneiros, advogados e técnicos de bancos comerciais, responsáveis pela falsificação dos documentos e execução das transações bancárias ilegais.
Hussen é irmão de Norolamin Gulam, detido nos Estados Unidos da América por tráfico internacional de drogas e também arguido neste processo. Outros dois irmãos do grupo foram recentemente restituídos à liberdade pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.
O processo inclui mais de 60 arguidos, entre pessoas singulares, técnicos bancários, despachantes e empresas-fantasma, constituindo um dos maiores escândalos financeiros em Moçambique nos últimos anos.
As autoridades prosseguem com investigações para desmantelar completamente a rede criminosa e responsabilizar todos os envolvidos.