Jornalista Selma Inocência denuncia tentativa de envenenamento com metais pesados em Maputo

 


A jornalista moçambicana Selma Inocência veio a público denunciar um alegado caso de envenenamento por metais pesados ocorrido durante a sua estadia num hotel de cinco estrelas em Maputo, em março de 2025. A revelação foi feita no domingo, 27 de julho, através da sua página oficial no Facebook, onde compartilhou detalhes do que descreveu como “uma experiência dolorosa”.

VEJA AS REVELAÇÕES NO VÍDEO ABAIXO:


Segundo Selma, tudo aconteceu entre os dias 2 e 6 de março, período em que esteve em Moçambique para ministrar uma formação. Ela afirma que, por motivos de segurança, optou por não frequentar restaurantes ou locais públicos, limitando-se ao trajeto entre o hotel e o local do evento. Ainda assim, afirma ter começado a sentir sinais de que sua integridade física estava em risco.

Após regressar à Alemanha, onde reside e trabalha, começou a apresentar sintomas graves como fadiga extrema, tonturas, dores de cabeça e queda de cabelo. Exames médicos revelaram intoxicação por uma combinação perigosa de metais tóxicos: mercúrio, cádmio, urânio, antimónio, alumínio e outros.

Apesar da gravidade do caso, Selma optou por não divulgar o nome do hotel envolvido, alegando preocupação com os investidores do estabelecimento e evitando prejudicar terceiros inocentes. A jornalista também afirmou que o caso já foi encaminhado às autoridades alemãs, que estão a investigar o sucedido.

“Se eu não tivesse feito testes toxicológicos especializados, provavelmente a minha morte seria atribuída a causas naturais”, disse Selma, alertando para o uso silencioso de venenos industriais como arma de silenciamento.

Actualmente em tratamento intensivo e com limitações físicas severas, Selma reafirma o seu compromisso com a verdade e a liberdade de imprensa: “Jornalismo não é crime. E eu não vou parar de falar.”

O caso levanta preocupações sérias sobre segurança de jornalistas e o uso de métodos extremos para silenciar vozes críticas em Moçambique. A denúncia ainda não teve resposta oficial das autoridades moçambicanas.

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