O antigo ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Ronda, está a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em Maputo, por suspeitas de envolvimento na repressão violenta das manifestações que ocorreram após as eleições de 2023.
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A investigação resulta de uma queixa apresentada por organizações da sociedade civil, lideradas pelo activista Wilker Dias, da Plataforma Decide. A denúncia responsabiliza Ronda pela actuação da Polícia da República de Moçambique (PRM), durante confrontos com manifestantes em diversas regiões do país.
Antes de Ronda, o ex-comandante-geral da PRM, Bernardino Rafael, também foi ouvido pela PGR, tendo prestado declarações durante cerca de oito horas no dia 7 de Julho.
Segundo os denunciantes, a repressão violenta por parte da polícia resultou em cerca de 400 vítimas e extensos danos a património público e privado. Estes números constam no relatório submetido ao Ministério Público, que acompanha a queixa-crime formalizada em 13 de Março de 2025.
As autoridades ainda não divulgaram o desfecho preliminar das audições nem detalhes sobre eventuais medidas legais a serem tomadas. A sociedade civil exige responsabilização dos autores, incluindo membros do governo à época, pelo uso desproporcional da força contra manifestantes.